segunda-feira, 2 de maio de 2011

AMOR OU MEDO




Escolher...
O que estou sentindo agora?
Se estou na alma... Estou na paz, no amor.
Se estou na mente... Há dúvidas, medo.

Por que é assim,
Essa dualidade sem fim?
O medo oprime, paralisa, prende-me onde estou.
O amor resgata, liberta, me solta à vida.

O medo nos faz fugir,
Esconder, nos fere... E ferimos.
O amor nos leva a ficar,
Compartilhar, nos cura... E curamos.

O medo dá vergonha, cobrimos nossos corpos.
O amor dá liberdade, ficamos nus.
O medo nos faz ter apego a tudo.
O amor nos liberta de tudo.

Como ter sem possuir?
Como usufruir sem se apegar?
Ó... Dúvida que não cala, não para.
Tenho... Mas, não pode ser meu.
Uso... Mas, não posso me prender.
Eis a regra do bem viver...

O medo separa, exclui e condena.
O amor une, agrega e perdoa.
O medo gera angústia, desespero, descrença.
O amor nos faz sereno, tranquilo, crentes na vida.

O medo nos coloca nas trevas.
O amor nos leva à luz.
O medo nos prende à matéria.
O amor nos leva ao espírito.

O medo nos sufoca, oprime, irrita.
O amor nos alivia, liberta, acalma.
O medo critica.
O amor contempla.

Sentimentos, pensamentos, palavras e atos,
Nascem dessas duas emoções;
Amor ou medo.
A elas, estamos presos, atrelados.
Pois, nada mais há a optar.
Porém, a dádiva da liberdade de escolha,
Possuímos.

Ter razão ou ser feliz?
Ficar no céu ou no inferno?
Ser saudável ou doente?
Estar nas trevas ou ser luz?

O que escolher?
Se penso... Meu ego, qual muro,
Impedi-me de ver quem eu sou.
Se sinto... Minha alma me acalma, resplandece minha luz.
Matar o ego, necessário é... Para ser feliz.
É só crucificando o ego,
Que nos cristificamos.
Só anulando o eu individual,
Iremos, para a glória, do Eu universal.

Se, sua vida há muita dor,
Escolha o amor.
Se entregue à fonte infinita de doçura, do belo,
Que habita teu ser.
Ame. Ame. Ame.
E seja, quem realmente tu és.



Marcelo Miura

Araraquara – 29 de abril de 2011 – 14h: 02

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