sexta-feira, 20 de maio de 2011



AO DESTINO...

Lá, levo-me a encontrar meu destino,
buscar o que tenho, e não quero ver.
O caminho é longo, a estrada é curta,
mas vou, preciso conhecer-me.

Apenas só... Leve, vou.
Levando minha vida, levando minhas dores.
Meus tormentos, meus pesares,
afogo em águas tranquilas.



A dor é muita, as mágoas me sufocam.
Pés descalços, frágeis, machucados,
caminham docemente,
para o fim da amargura.

Chego ao meu destino.
O que fazer?
Olho ao redor, só a imensidão me vigia.
Calada, paralisada, qual cena gelada.
Não sei o que fazer.

Vou, ou não vou?
Quero, mas não consigo.
Estou cansada... Desiludida.
Minh´Alma, parece partida,
queria muito acabar...

E começar onde? Quando?
Tenho medo do porvir...
A um passo estou, a findar tudo,
o nada, que me acompanha.

Paro... Parei.
Ouço um choro, que choras por mim.
Lamentos de dores, maiores que a minha.
Caio...Mas, em mim.

Choro, choro, choro...



Marcelo Miura


Araraquara – 18 de maio de 2011 – 18h 24


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