Quero poder escrever, mas faltam-me palavras;
Quero poder rimar, mas falta-me ritmo.
Minha mente está confusa, anuviada.
Minhas mãos presas, pesadas.
O que fazer?
A inspiração não vem.
Deixo fluir... Nada sinto.
Olho pro lado... Um vazio,
Fecho os olhos e sinto arrepio.
Que coisa estranha!
Quero escrever;
Mas não sai nada.
Ah!... Só me resta torcer.
Torcendo, espremendo;
Como roupa lavada.
Pra retirar do fundo, algo que valha.
Quero escrever... Quero fazer.
E de repente, sinto um fluir;
Um aroma sabedoria,
Qual brisa fresca, nortear meu coração.
Invadindo minha alma,
E calar minha razão.
Não queira... Expresse.
Não pense... Sinta.
Você é a própria palavra
E o ato de escrever.
Dizia essa voz, em meu ser,
Porém... Sem ver.
E uma frase;
Qual lampejo em minha mente.
Lançada como semente,
Em meu solo, ávido a criar. Surgiu.
"O amor se acende, no calor dos frios".
Marcelo Miura
Araraquara 21 de Abril de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário